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Jogos de azar e gastronomia: novos formatos de eventos locais


Em todo o território português, uma nova tendência tem vindo a ganhar força, fundindo duas paixões que movem multidões: a emoção dos jogos de azar e o prazer da gastronomia. Este cruzamento entre jogo e mesa não é apenas um fenómeno curioso — trata-se de uma evolução natural no panorama dos eventos locais, onde o entretenimento experiencial se torna a base de uma nova economia cultural. Um exemplo interessante pode ser visto em campanhas recentes promovidas através do DivaSpin-Casino.pt/, que integrou experiências presenciais e digitais, conectando o universo dos jogos com eventos enogastronómicos temáticos em várias regiões do país.

De salões a festivais temáticos

Historicamente, os salões de jogo físicos já ofereciam pequenos serviços de restauração, mas hoje assistimos a um salto qualitativo. Em cidades como Lisboa, Porto ou Évora, eventos onde o jogo é complementado por experiências gastronómicas completas  desde showcookings com chefs premiados até menus harmonizados com vinhos regionais  tornaram-se mais frequentes.

Estes eventos são organizados tanto por operadores de jogo como por autarquias ou associações de produtores locais, sempre com o objetivo de atrair novos públicos. Ao combinar a aleatoriedade do jogo com a arte culinária, cria-se uma atmosfera única, na qual o convívio, a emoção e o paladar se entrelaçam.

O apelo da experiência multisensorial

Em entrevista recente ao Jornal de Negócios, a antropóloga cultural Inês Tavares referiu que “a gastronomia e o jogo respondem a impulsos humanos distintos, mas complementares  um busca o prazer sensorial, o outro a excitação emocional.” Esta complementaridade é justamente o que faz destes eventos algo memorável.

Os organizadores apostam cada vez mais numa curadoria cuidada. As ementas são pensadas para cada tipo de evento: um torneio de póquer pode ser acompanhado por pratos mais sofisticados e serenos, enquanto um evento de apostas em corridas pode ter comida de rua reinventada, combinando velocidade e intensidade com sabores marcantes.

Dinâmica económica e impacto local

Estes formatos não servem apenas para animar o calendário cultural. Têm também impacto económico real. A Câmara Municipal de Setúbal, por exemplo, em parceria com operadores digitais, organizou em 2023 o festival “Sabores e Sorte”, que reuniu mais de 8.000 visitantes num único fim de semana. Segundo dados oficiais, o evento gerou um retorno económico direto de cerca de 250 mil euros em restauração, alojamento e transporte.

Além disso, os produtores locais beneficiam de uma nova forma de exposição. Os eventos permitem que queijos artesanais, vinhos biológicos ou doces conventuais sejam integrados em experiências de marca, atingindo públicos que de outra forma não visitariam a região. Este casamento entre tradição alimentar e inovação no entretenimento tem provado ser particularmente eficaz no interior do país, onde há maior necessidade de revitalização turística.

Jogos ao vivo e apostas no menu

Outro formato em crescimento é o dos eventos que integram jogos ao vivo com interatividade em tempo real. Nestes eventos, os participantes podem realizar apostas em jogos transmitidos em ecrãs gigantes, ao mesmo tempo que desfrutam de refeições temáticas. Uma abordagem interessante foi a introdução de noites de apostas desportivas combinadas com jantares regionais, em que o público segue competições enquanto saboreia petiscos e partilha previsões com os restantes convivas.

Esta fusão também se observa em iniciativas digitais. Em eventos híbridos promovidos em espaços de restauração, os utilizadores podem aceder ao ambiente virtual de DivaSpin apostas desportivas através de QR codes nas mesas, permitindo-lhes participar em tempo real em jogos e apostas enquanto permanecem no restaurante. A integração entre físico e digital tem permitido expandir o alcance das plataformas de jogo e reforçar a ligação com os utilizadores.

O papel dos chefs e da autoria gastronómica

Um dos elementos mais valorizados nestes novos formatos é a presença de chefs de renome ou de projetos de autoria gastronómica. Ao associar nomes reconhecidos da cozinha portuguesa a experiências de jogo, cria-se uma ponte de credibilidade e elevação cultural. Para muitos, o evento deixa de ser apenas uma ocasião lúdica e passa a ter um valor gastronómico real.

Chefs como João Sá, Ana Moura ou Miguel Laffan já participaram em eventos deste género, trazendo menus inspirados nos jogos, nas cartas e até nos símbolos dos slots. Pratos como “Ravioli da Roleta” ou “Trilogia de Tentação” remetem diretamente para o imaginário do casino, reforçando a coerência temática da experiência.

Design de eventos e ambientes imersivos

Os promotores destes eventos apostam também fortemente no design dos espaços. Casinos temporários são montados em adegas, palácios históricos ou até mercados municipais, criando contrastes entre o clássico e o contemporâneo. A cenografia inclui iluminação dinâmica, música ambiente, decoração temática e elementos interativos que convidam o público a participar de forma ativa.

Segundo a agência portuguesa Eventorium, especializada em eventos de entretenimento, o número de pedidos relacionados com experiências híbridas entre jogo e gastronomia aumentou 46% entre 2022 e 2024. O interesse vem não apenas do setor do jogo, mas também de marcas alimentares e operadores turísticos que vêem nestes eventos uma nova plataforma de marketing experiencial.

Participação responsável e regulamentação

Apesar do entusiasmo à volta destes formatos, a regulamentação e o jogo responsável continuam a ser uma prioridade. A organização de qualquer evento que envolva apostas mesmo em ambiente de lazer  requer licenciamento e deve respeitar as diretrizes da SRIJ. É importante garantir que o foco da experiência está na interação social e cultural, e não na promoção do jogo descontrolado.

Vários operadores implementaram mecanismos para assegurar que o jogo permanece uma atividade consciente. Isto inclui limites de tempo, distribuição de informação sobre jogo responsável e a possibilidade de autoexclusão mesmo em eventos presenciais. Algumas autarquias exigem a presença de mediadores ou técnicos especializados para acompanhar os eventos e garantir a segurança dos participantes.

Gastronomia como fator de democratização

Curiosamente, a introdução da gastronomia tem funcionado também como um fator de democratização. Muitos participantes que nunca considerariam entrar num casino ou aceder a um site de apostas são atraídos pelo componente alimentar do evento. Esta porta de entrada permite desmistificar o universo do jogo, apresentar regras de forma pedagógica e promover uma abordagem mais consciente.

Além disso, ao descentralizar os eventos para zonas rurais e pequenas localidades, cria-se um novo circuito cultural e turístico. Festas locais, romarias e feiras são repensadas com elementos de jogo e mesa, atraindo novos públicos e reforçando a identidade gastronómica de cada região.

O futuro do entretenimento integrado

À medida que o mercado de eventos evolui, é cada vez mais evidente que os formatos integrados, que combinam várias camadas de experiência  visual, gustativa, emocional e interativa  serão dominantes. A fronteira entre “jogar” e “saborear” torna-se mais fluida, e o público procura vivências que estimulem vários sentidos simultaneamente.

Para os operadores de jogo, esta é uma oportunidade de criar fidelização de marca, reforçar o valor percebido dos seus serviços e diferenciar-se num mercado altamente competitivo. Para os produtores locais, é uma forma de dar nova vida aos seus produtos e ligá-los a contextos inovadores. E para os participantes, é uma promessa de experiências memoráveis, onde a sorte e o sabor andam de mãos dadas.




 

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